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quarta-feira, 23 de março de 2022

Bombardeios miram lavouras e põem em risco oferta global de alimentos

 

magens de satélite Maxar aproximam a imagem multiespectral de tanques de armazenamento de óleo em chamas e área industrial Chernihiv, Ucrâniamagens de satélite Maxar aproximam a imagem multiespectral de tanques de armazenamento de óleo em chamas e área industrial Chernihiv, UcrâniaSatellite image (c) 2022 Maxar Technologies

As tropas russas, segundo o governo da Ucrânia, intensificaram os bombardeios em áreas rurais e estão atacando lavouras. A tática impactará diretamente na oferta global de alimentos, sobretudo de grãos, como o trigo. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirma que, se nada for feito pra frear a guerra, a fome afetará diferentes partes do mundo.

Zelensky usou seu discurso no Parlamento italiano, nessa terça-feira (22/3), para reforçar o alerta. “Os ataques russos estão minando a agricultura ucraniana”, frisou.

Zelensky usou seu discurso no Parlamento italiano, nessa terça-feira (22/3), para reforçar o alerta. “Os ataques russos estão minando a agricultura ucraniana”, frisou.

O Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Fida), agência da Organização das Nações Unidas (ONU), tem feito alertas para o risco de faltar comida. E isso não somente os cereais, mas toda a cadeia de derivados.

"Um quarto das exportações mundiais de trigo é proveniente da Rússia e da Ucrânia, e 40% do trigo e do milho ucranianos são destinados ao Oriente Médio e à África, que já se debatem com problemas de fome, e onde a escassez de alimentos, ou o aumento dos preços, corre o risco de empurrar milhões de pessoas para a pobreza”, frisa relatório do Fida.

A guerra, segundo informações de agências internacionais de notícias, já faz os preços do cereal dispararem no mundo, subindo 50% no último mês.

Efeito trigo

Rússia é o principal exportador de trigo do mundo, e a Ucrânia está na lista entre os 10 maiores. Juntos, eles representam 30% do comércio mundial de cereais.

Nações como Líbano, Egito e Iêmen passaram a depender do trigo ucraniano nos últimos anos. Armênia, Mongólia, Cazaquistão e Eritreia importaram praticamente todo o seu produto dos países em conflito.

Com uma possível crise no mercado de trigo, produtos como o pão francês podem encarecer, mesmo em países distantes geograficamente do conflito ou que não estão envolvidos na crise político-diplomática.

Alertas

O G7, grupo que reúne os países mais ricos do mundo, estima que o número de famintos vai aumentar e que a comida pode ficar até 20% mais cara no mundo todo.

Na França, o presidente Emmanuel Macron trabalha com a “desestabilização” da oferta de alimentos na Europa e na África. O problema, para ele, pode se prolongar pelos próximos 18 meses.


Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país caso os ucranianos não desistissem da ideia.

Brasil

Em supermercados e padarias, o brasileiro pode esperar o encarecimento de produtos devido à guerra. Como parte significativa do trigo brasileiro é importada, por exemplo, o recrudescimento do conflito e a falta de um cessar-fogo afetam diretamente o preço do pão.

Apesar de o Brasil estar à frente da Ucrânia no ranking de produção, o país europeu ainda tem papel relevante, e os efeitos da quebra da safra afetam o mundo todo.

O milho também sofrerá reajuste. A Rússia vende 17% do milho do mundo inteiro. As sanções econômicas contra o país farão aumentar o preço de carne bovina, suína e frango. Todos esses animais se alimentam de ração que contém soja e milho.

Fonte: Metrópoles




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