O governo russo voltou a cogitar o uso de armas nucleares na guerra contra a Ucrânia. Segundo o Kremlin, a medida seria uma" autodefesa em caso de “ameaça à existência” do país.
Em entrevista ao canal de televisão PBSO, o porta-voz do governo Putin, Dmitri Peskov, admitiu a possibilidade, mas garantiu que a Rússia não tem planos para esse tipo de ação.
"Nós temos o conceito de segurança muito claro de que apenas quando existir uma ameaça à existência do nosso país, nós podemos usar -e de fato usaremos- armas nucleares para eliminar essa ameaça”, frisou.
Peskov então respondeu que “ninguém está pensando em usar, nem pensando na ideia de usar uma arma nuclear”.
Antes, o próprio porta-voz e o presidente russo, Vladimir Putin, já haviam cogitado a possibilidade, o que deixou o mundo em alerta.
Cessar-fogo
Depois de mais uma rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia para pactuar o cessar-fogo, o vice-ministro da Defesa russo, Alexander Fomin, informou que o país presidido por Vladimir Putin “reduzirá radicalmente a atividade militar”. A invasão russa ao território ucraniano teve início no dia 24 de fevereiro e já matou milhares de civis e militares.
“Ficou estabelecida a redução drástica da atividade militar nas proximidades de Kiev e Chernigov. Esperamos que decisões relevantes sejam tomadas em Kiev e que as condições para mais trabalho normal sejam criadas”, disse Fomin ao fim da reunião, que aconteceu em Istambul, na Turquia, nesta terça-feira.
O ministro expressou preocupação com a integridade dos soldados russos capturados pelos ucranianos e pediu para a Ucrânia “cumprir plenamente as Convenções de Genebra, inclusive no que diz respeito ao tratamento humano dos prisioneiros de guerra”.
Em entrevista à agência de notícias RT, o chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, declarou que o país “está dando dois passos para diminuir o conflito em direção à Ucrânia”.
Fonte: Metrópoles
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