
A mãe da garota de 11 anos vítima de estupro de vulnerável, e coagida a desistir do aborto legal, pronunciou-se pela primeira vez desde que o caso veio à tona.
Em entrevista ao programa Fantástico, divulgada neste domingo (26/6), a mulher disse acreditar que a filha não deveria ter sido questionada sobre a decisão de interromper a gravidez.
"Se eles queriam preservar tanto a minha filha, era algo que não deveria ter sido perguntado para ela. Eu acho que eu deveria responder por ela, não ela”, afirmou a mulher.
A mãe da criança também detalhou o processo para garantir que a lei fosse cumprida e a gravidez fosse interrompida. “A gente procurou fazer tudo dentro dos comandos. Achei que a justiça fosse ser feita, né?”, declarou.
Entenda o caso
O caso ganhou repercussão durante esta semana, após a publicação de um vídeo que mostra audiência conduzida pela juíza Joana Ribeiro Zimmer, em Santa Catarina, para tratar do caso. A juíza impediu a realização do aborto e decidiu manter a criança em um abrigo.
Em despacho, a magistrada afirmou que a decisão, inicialmente, teria sido motivada para garantir a proteção da criança em relação ao agressor, mas que havia ainda outra razão: “Salvar a vida do bebê”.
O caso gerou revolta nas redes sociais, sobretudo em grupos de ativistas pelos direitos das mulheres. Em nota divulgada na quinta-feira (23/6), o Ministério Público Federal (MPF) informou que, após a repercussão do caso, o aborto foi realizado.
O procedimento foi efetuado pelo Hospital Universitário (HU) Polydoro Ernani de São Thiago, na quarta-feira (22/6). O hospital havia recebido recomendação do MPF para realizar esse tipo de procedimento em casos autorizados por lei.
Informações colhidas no portal Metrópoles
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