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Salão Beleza e Vida

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terça-feira, 14 de junho de 2022

Funai enfim se pronuncia, e nega omissão em busca por Dom e Bruno

 

Mário Vilela/Funai

O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Augusto Xavier da Silva (foto em destaque), rebateu críticas sobre a atuação do órgão nas buscas pelo jornalista inglês Dom Phillips e pelo indigenista Bruno Araújo Pereira, sumidos no Vale do Javari, no Amazonas, desde 5 de junho.

Em nota divulgada no início da noite desta segunda-feira (13/6), Silva listou uma série de medidas que o órgão estaria realizando, de entrega de cestas básicas na região a investimentos em ações de proteção a indígenas isolados, e afirmou que a Funai tem “trabalhado intensamente nas buscas” aos desaparecidos. Essa é a primeira declaração pública dele sobre o caso.

“A fundação apoia as buscas de forma incessante desde que foi informada do desaparecimento, sendo que quatro embarcações são empregadas nos trabalhos, com o envolvimento de 14 servidores. Os pertences das vítimas foram encontrados com auxilio dos servidores da Funai em campo”, afirmou.

“Diante de todas as informações listadas acima, conclui-se que não há que se falar em omissão do Governo Federal na busca aos desaparecidos, muito menos no enfraquecimento da atuação da Funai, cujo investimento na região tem crescido exponencialmente. Tais narrativas revelam uma apuração rasa e descontextualizada, que acaba por prejudicar o trabalho das instituições”, reclamou Silva.

Marcelo Augusto Xavier da Silva chamou o caso de “trágico episódio” e se solidarizou com os familiares e amigos dos desaparecidos.

“Quanto à atuação da Funai no Vale do Javari, cabe assinalar que a instituição investiu quase R$ 10 milhões em ações nos últimos três anos, o que representa uma alta de 104% na comparação com o período anterior, quando foram gastos R$ 4,8 milhões”, destaca o texto.

Entre as medidas executadas, segundo a Funai, estão ações de fiscalização e coibição de ilícitos, tais como extração ilegal de madeira, atividade de garimpo e caça e pesca predatórias.

Desencontro de informações

Um desencontro de informações marcou o oitavo dia de buscas. Nesta segunda-feira o suposto resgate dos corpos de Dom e Bruno desencadeou uma série de reações.

A Embaixada do Brasil no Reino Unido informou aos parentes de Dom que corpos teriam sido encontrados. A Polícia Federal nega. A família de Bruno cobrou apuração do caso.

Dom e Bruno se deslocavam com o objetivo de visitar a equipe de vigilância indígena que atua perto do Lago do Jaburu. O jornalista pretendia realizar entrevistas com os habitantes daquela região.

De acordo com relatos, o desaparecimento ocorreu no trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte. A dupla foi vista pela última vez no dia 5 de junho.

O que se sabe até o momento sobre as buscas:

  • A Polícia Federal investiga se estômago encontrado no boiando no Rio Javari é humano.
  • A polícia analisa  material genético achado na lancha de Pelado, supeito de envolvimento no desaparecimento.
  • Uma mochila com objetos iguais aos do jornalista e do indigenista foi achada no domingo (12/6).
  • De acordo com a esposa de Dom, Alessandra Sampaio, as equipes de buscas teriam localizado os cadáveres dos dois homens.
  • A informação foi revelada por ela ao jornalista André Trigueiro, do canal de notícias GloboNews.
  • Carteirinha de indigenista é apreendida pela PF no Amazonas.
  • O jornal britânico The Guardian, onde Dom é colaborador, noticiou que os irmãos dele também foram informados da descoberta de dois corpos “amarrados a uma árvore em floresta remota”.
  • As informações teriam sido repassadas pela Embaixada Brasileira em Londres.
  • A Polícia Federal negou que tenha encontrado os corpos.
  • A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) afirma que Dom e Bruno continuam desparecidos.

Bolsonaro comenta

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta segunda-feira (13/6), que os indícios levam a crer que foi feita “alguma maldade” com a dupla.

"Os indícios levam a crer que fizeram alguma maldade com eles, porque já foram encontradas, boiando no rio, vísceras humanas, que já estão aqui em Brasília para fazer o DNA. E pelo prazo, pelo tempo, já temos hoje oito dias, indo para o nono dia que isso tudo aconteceu, vai ser muito difícil encontrá-los com vida. Eu peço a Deus que isso aconteça, que os encontremos com vida, mas os informes, os indícios levam para o contrário no momento”, disse Bolsonaro em entrevista à CBN Recife.

Organização das Nações Unidas (ONU) criticou a ação “extremamente lenta” do governo brasileiro e cobrou que as autoridades “redobrem esforços” nas operações de busca.

Informações do Portal Metrópoles 





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