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domingo, 24 de maio de 2020

Policiais envolvidos em ação que acabou na morte de João Pedro são afastados das ruas

Policiais envolvidos em ação que acabou na morte de João Pedro são afastados das ruas
Foto: Reprodução/ redes sociais

 Três policiais civis que participaram da operação que terminou com a morte de João Pedro Matos, 14, na última segunda (18), em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, foram afastados temporariamente do serviço nas ruas.

A Corregedoria Geral da corporação informou que eles continuam na Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), grupo que auxiliou a Polícia Federal na incursão no Complexo do Salgueiro, mas exercendo atividades administrativas.

Nesta sexta (22), a Delegacia de Homicídios da região identificou que a arma que disparou em João Pedro tinha calibre 5,66 mm, o que indica que o tiro saiu de um fuzil e que pode ter partido de policiais, porque esse é o mesmo calibre usado pela Polícia Civil.

Os investigadores informaram que já ouviram os agentes que participaram da ação, os pilotos do helicóptero que socorreram o menino e mais duas testemunhas. Foram solicitadas ainda informações à PF sobre o planejamento e os objetivos da operação, que visava cumprir dois mandados de busca e apreensão contra líderes do tráfico.

Para a próxima semana, estão previstos os depoimentos do bombeiro socorrista que declarou o óbito de João Pedro, de outros policiais envolvidos e dos familiares da vítima, além de outras pessoas.

Segundo a Polícia Civil, os agentes estão analisando os laudos de necropsia do corpo e de perícia do local da morte. Pessoas que estiveram na casa no dia seguinte da ocorrência contaram cerca de 70 marcas de tiro espalhados por paredes, uma janela e a TV.

Os investigadores também aguardam o resultado do confronto balístico, que vai comparar o projétil com as armas dos policiais -dois fuzis de calibre 7,62 mm e um fuzil de 5,56 mm. A família diz que os celulares de três das seis crianças e adolescentes que estavam na residência durante a confusão sumiram, incluindo o de João. A polícia, porém, só confirmou a apreensão de dois aparelhos e afirmou que eles vão passar por perícia.

Uma reprodução simulada está prevista para ser realizada após a conclusão dos depoimentos e laudos periciais, ainda sem data marcada. Ela deve ser acompanhada pelo núcleo de direitos humanos da Defensoria Pública, que está assistindo a família, e pelo Ministério Público.

"A investigação caminha, e a gente acredita que num período curto de tempo a gente consiga chegar a uma solução para o caso", afirmou nesta sexta Allan Duarte, delegado e titular da Divisão de Homicídios.

As corregedorias da Polícia Civil e da Polícia Federal também instauraram sindicâncias administrativas para apurar paralelamente a conduta dos agentes envolvidos na operação.

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