Foto: Divulgação PC DF
O Estado da Bahia teve prejuízo de cerca de R$ 10 milhões na compra de 60 dos 300 respiradores adquiridos pelo Consórcio Nordeste que não foram entregues pela empresa HempShare, alvo de operação coordenada pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia nesta segunda-feira (1º). Segundo a Polícia Civil baiana, a carga nunca existiu. “A empresa nunca teve os equipamentos. Tudo indica que já era uma fraude, já tinham em mente isso. Nunca pretenderam entregar os equipamentos importados”, afirmou a delegada Fernanda Asfora, coordenadora do setor de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública, durante entrevista coletiva para falar dos resultados da operação.
A ação batizada de Ragnarok, investiga esquema de fraude na venda dos equipamentos, que seriam usados em leitos de UTI para pacientes com coronavírus. Cada equipamento custou R$ 160 mil. A Bahia desembolsou o maior valor entre os estados nordestinos, já que adquiriu a maior quantidade de ventiladores – os outros compraram 30, cada. A operação prendeu temporariamente três pessoas, que não tiveram os nomes divulgados. Outros 15 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta manhã em Salvador (BA), no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília. Segundo o secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, 150 contas bancárias foram bloqueadas pela Justiça. O objetivo é reaver os R$ 48,7 milhões pagos antecipadamente pelos nove estados da região na compra dos respiradores.
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