A relação entre servidores efetivos, inativos, temporários e terceirizados que prestam serviços à Prefeitura de Jequié, permanece distanciada mês a mês. Um dos pivôs da situação tem sido a não quitação dos salários até o quinto dia útil do mês seguinte ao trabalhado. A explicação repetida pelo secretário da Fazenda, Verivaldo Santana, para justificar uma situação que se arrasta em quase todo curso da gestão, é do município não conseguir formar um fluxo de receita, em especial com as cotas do FPM e ICMs, suficiente para pagar as folhas de pessoal, antes do 10º dia do mês. Nesse mês de abril foram quitados os salários da folha de efetivos da Educação e Saúde, fora do que estabelece a legislação de trabalho. Aposentados e pensionistas receberam nesse início de semana.
As queixas em relação a quitação dos salários de março acentuam-se no momento entre os trabalhadores temporários via REDA que foram demitidos e retirados da folha de abril, com a justificativa das escolas estarem com as aulas suspensas. Os temporários reclamam de terem sido retirados da folha de abril, ainda sem o recebimento do salário de março e da segunda parcela do 13º salário de 2020 (percentual médio de 60%), além dos dias trabalhados de abril. A perspectiva do setor de finanças municipal, é de que esse pessoal receba os salários de março até o próximo dia 30, juntamente com um mês devido ao grupo de estagiários e parte dos que ocupam cargos comissionados. Sem nenhuma previsão otimista e com a alegada queda de receitas em face ao impacto do novo coronavírus, a tendência é que essa instabilidade na quitação da folha de pessoal perdure pelos próximos meses ampliando ainda mais o distanciamento da gestão com os funcionários municipais.
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