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quarta-feira, 29 de abril de 2020

Curaçá: Ação devolve ararinhas-azuis para o Sertão baiano; espécie corre risco de extinção

Curaçá: Ação devolve ararinhas-azuis para o Sertão baiano; espécie corre risco de extinção

Quase extintas da natureza, 52 aves da espécie ararinha-azul retornaram ao Sertão baiano em março deste ano. Elas vieram da Alemanha, por meio da organização não-governamental alemã Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP) que, em parceria com o governo federal, trouxe as aves para o Brasil. As ararinhas estão no Refúgio de Vida Silvestre da Ararinha-Azul, unidade de conservação federal criada em 2018 especialmente para recebê-las, antes de serem soltas na natureza. 
Conforme publicou o site Rede GN, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) o refúgio faz parte da ampliação do número de unidades de conservação federais da caatinga, que comemorou nesta terça-feira (28) o Dia da Caatinga. Nos últimos anos, o órgão criou três unidades de conservação federais no bioma: a Área de Proteção Ambiental (APA) Boqueirão da Onça, o Parque Nacional Boqueirão da Onça, além do já citado Refúgio de Vida Silvestre da Ararinha-Azul, todas na Bahia. 

 A criação da APA e do Parque Boqueirão da Onça, que juntas têm quase 9.000 km², foi fundamental na proteção das onças-pintadas. No Brasil, a onça-pintada vive em diversos biomas, mas é na Mata Atlântica e na Caatinga que a espécie está mais ameaçada, sendo considerada criticamente em perigo de extinção.
O ICMBio tem outra unidade que protege o bioma, como a Estação Ecológica (Esec) Raso da Catarina (BA), que abriga uma área significativamente conservada do bioma Caatinga. E é nesta região do Raso da Catarina e no Boqueirão da Onça que vive outra espécie endêmica da caatinga: a arara-azul-de-lear. A espécie é categorizada como Em Perigo de extinção e está contemplada no Plano de Ação Nacional para Conservação das Aves da Caatinga, coordenado pelo Cemave. Um censo, realizado em 2018 pelo Cemave e instituições parceiras, apontou que nesta região vivem 1.700 arara-azul-lear.
São registradas para o bioma, até o momento, 3.200 espécies de plantas, 371 de peixes, 224 de répteis, 98 de anfíbios, 183 de mamíferos e 548 de aves. A Caatinga é o lar da ave com maior risco de extinção no Brasil, a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii), e de outra espécie ameaçada, a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari).

 Outras aves endêmicas identificadas pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave), do ICMBio, na Paraíba, são o soldadinho-do-araripe, beija-flor-de-gravata-vermelha, bico-virado-da-caatinga, tem-farinha-aí, zabelê. Na lista de animais endêmicos, há também o sapo-cururu, asa-branca, cotia, gambá, preá, veado-catingueiro, tatu-peba e o sagüi-do-nordeste, entre outros.

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