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Salão Beleza e Vida

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sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Mal das redes e o assassinato de reputações para campanha política

 

'Monstro' falso das redes sociais | Foto: Reprodução/ WhatsApp.

O início da propaganda eleitoral nesta sexta-feira (9) marca também o começo das batalhas de liminares com pedidos de direitos de resposta e ataques entre os candidatos. Porém, com as redes sociais, essas disputas começaram mais cedo. Diversos episódios foram registrados em todo o Brasil, com a solicitação de remoção de conteúdo e até mesmo a publicação de respostas em perfis e páginas de plataformas como Facebook, Instagram e YouTube. É a judicialização das mídias sociais, a partir de campanhas eleitorais.

Infelizmente, essas disputas jurídicas são um mal necessário. Muitos candidatos não têm qualquer preocupação com o conteúdo publicado nas redes sociais. A sensação de “terra de ninguém” na internet ampliou a disseminação de informações falsas e irresponsáveis usam e abusam dessa rotina para ampliar os próprios alcances ou causar burburinho. É assim que subcelebridades das redes almejam alcançar mandatos eletivos - estratégia que já deu certo para resultados positivos para o Legislativo nas eleições de 2018.

O problema é mais complexo do que o simples embate na Justiça Eleitoral. É preciso também discutir a imputação de outros crimes como calúnia e difamação quando esses limites são ultrapassados. Na guerra política, o jogo sujo não deveria ser permitido ou aceito. E quando esse jogo usa subterfúgios, a exemplo do compartilhamento de conteúdos apócrifos em redes não rastreáveis, a exemplo do WhatsApp, isso precisa ser debatido publicamente. As notícias falsas são a ponta do novelo. Há muito mais que isso no processo.

O assassinato de reputações, algo que foi pincelado na chamada CPMI das Fake News, é algo extremamente corriqueiro nas disputas políticas. Principalmente nos rincões, onde um trecho editado de um vídeo é um rastilho de pólvora que pode sepultar uma candidatura. No entanto, não existe uma maneira clara de como essas práticas podem ser coibidas fora do âmbito jurídico. E até que seja feito algum tipo de reparação, a eleição acaba e o estrago pode não ser mais desfeito.

Para além da própria ação dos candidatos, é preciso que a população tenha consciência quando tiver acesso a conteúdos com ataques pessoais e descontextualizados. Ainda mais quando sabemos que o adversário de agora pode se tornar um aliado no futuro. É difícil manter a sanidade em tempos de tensões eleitorais. Mas que ao menos tenhamos maturidade para lidar com esse período.

Fonte: Bahia Notícias



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