Mike Ryan, da OMS, diz que testagem de estudantes não é a resposta para o retorno das aulas
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que reabrir escolas em locais onde a transmissão do vírus é intensa será uma tarefa “difícil”. Em abordagem nesta quarta-feira (19), a entidade deixou claro que sabe da importância de retomar aulas e permitir que as crianças voltem aos estabelecimentos de ensino. Mas, segundo o chefe de operações da entidade, Mike Ryan, tal retorno precisa ocorrer “da forma mais segura possível”. O irlandês não acredita que testar crianças seja a resposta. Para ele, o centro da estratégia deve ser a de reduzir a transmissão nos locais onde escolas serão reabertas. “Escolas são parte da comunidade”, disse. “As taxas precisam cair na comunidade. É difícil trazer (a escola de volta quando há transmissão intensa”, afirmou.
Ryan destacou como, em alguns locais, escolas têm sido criativas em suas soluções, reduzindo o número de crianças por professor, separando as mesas e instalado locais para lavar as mãos. Segundo ele, as escolas precisam de um plano para identificar casos suspeitos e saber o que fazer nessas situações. “Esse é um momento de preocupação para os pais”, disse. O representante da OMS voltou a destacar como são as escolas em locais mais pobres – e portanto com maior risco de transmissão – que mais sofrem com a falta de recursos para que possam se preparar para uma retomada das aulas. “Mais uma vez, são os mais pobres e excluídos os que estarão sob maior risco”, lamentou. (noticias.uol)
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