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quarta-feira, 1 de julho de 2020

Nos moldes da Lava Jato, PCC lava dinheiro no exterior com doleiros, diz MP

Nos moldes da Lava Jato, PCC lava dinheiro no exterior com doleiros, diz MP
Foto: Divulgação / Polícia Federal

O promotor Lincoln Gakyia, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), declarou em entrevista ao UOL pubicada nesta quarta-feira (1º) que o Primeiro Comando da Capital (PCC) que "em questão de muito pouco tempo" a organização criminosa terá operações bem estruturadas de lavagem de dinheiro. Segundo ele, o PCC já lava dinheiro nos moldes dos operadores pegos na Operação Lava Jato, com auxílio de doleiros que foram presos.

 "Esse dinheiro está vindo via doleiro, assim como funciona na Lava Jato. O sujeito recebe o código internacional e esse código pode ser resgatado depois no Paraguai, na Bolívia, no Brasil, em São Paulo, onde esse doleiro tiver as suas ramificações", disse.

"O grosso do dinheiro do PCC, que é produto do tráfico internacional, não está vindo para o Brasil em espécie. Você imagina: se o PCC coloca de 1 a 2 toneladas por mês para a Europa —só o Fuminho [traficante brasileiro Gilberto Aparecido dos Santos] colocava no particular uma tonelada por mês—, imagine o volume físico de dinheiro para retornar ao Brasil? Teria dificuldade para voltar essa remessa de dinheiro ao Brasil", completou.

 Ainda de acordo com Gakyia, "existe uma lavagem de dinheiro do PCC hoje nos países limítrofes, principalmente na Bolívia e no Paraguai, porque a gente sabe de compra de aviões e de fazendas, isso nós já temos conhecimento. Precisamos saber em que nível está essa lavagem. Mas é o que venho dizendo: era questão de tempo. E de oportunidade para que isso ocorresse de maneira segura".

 "O PCC já tentou lavar dinheiro aqui dentro, com imóveis, postos, etc. Mas, cada vez que o indivíduo da facção que está em liberdade e resolve se arriscar e ir para um ramo de negócios para tentar lavar, se ele perder, se a polícia conseguir sequestrar esses bens, ele vai pagar, provavelmente, com a vida. É uma dinâmica que dificulta que o indivíduo que esteja em liberdade pegue o dinheiro da facção para aplicá-lo aqui dentro do país", acrescentou o promotor, que também citou a confusão dos investigadores quando o dinheiro volta ao país.

 Há investigações em andamento no Brasil, com colaboração internacional, que tentam seguir o rastro do dinheiro da facção. O Ministério Público Federal (MPF) chegou a constituir uma equipe para investigar a ligação entre o PCC e a máfia italiana 'Ndrangheta. Secretário de Cooperação Internacional do MPF, Hindemburgo Chateaubriand Filho afirmou em maio deste ano que a nova equipe se fazia necessária para trocar informações de maneira mais ágil entre os órgãos competentes.

Informações colhidas no site do Bahia Notícias

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